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Apresentação

A Casa das Memórias de Brumadinho, em Minas Gerais, é uma iniciativa da Vale em parceria com o Joaquim Artes e Ofícios com o objetivo de propor um espaço de valorização e de divulgação dos grupos e referências culturais do município.


Nesse espaço, acervos de antiguidades, objetos de colecionador, fotografias, documentos e indumentárias ajudam a contar parte da história do cotidiano da cidade, incluindo suas referências culturais, grupos representativos e tradições. Esses objetos deixam de se limitar às suas funções originais e passam a representar ideias para transmitir mensagens mais amplas, ligados à cultura dos grupos e comunidades.


As referências culturais apresentadas na Casa das Memórias foram reunidas durante as oficinas de inventários participativos, realizadas em Brumadinho (Sede), Conceição de Itaguá, Piedade do Paraopeba, Palhano, Casa Branca, Comunidade Quilombola de Marinhos e Aranha. A partir dessas atividades, os presentes puderam refletir, identificar e compartilhar aspectos representativos da cultura local, contribuindo para as primeiras exposições desse novo espaço.


Pretende-se, portanto, oferecer aos visitantes um espaço expositivo, construído coletivamente e que apresente memórias, histórias e referências culturais do município. 

Olhares Diversos e Referências
Culturais de Brumadinho

A partir das referências culturais apresentadas nas oficinas, um novo conjunto de atividades foi organizado para oferecer ao espectador uma mostra da diversidade cultural do município. E ninguém melhor do que os próprios detentores da cultura de Brumadinho para falar sobre aquilo que lhes é caro e valoroso.

Por meio da colaboração das pessoas e comunidades, foram realizadas entrevistas e ensaios fotográficos e disponibilizados objetos, documentos, imagens e indumentárias para compor as vitrines. Com esse acervo, os espaços expositivos foram cuidadosamente montados, combinando objetos cedidos e antiguidades, criando um cenário de diálogo entre o passado e o presente, as tradições e suas representações, o material e o simbólico. 

Nessa exposição, mais do que apresentar os objetos em si, interessa revelar o que esses artefatos simbolizam, para que servem e o que representam. Para isso, integrados à exposição, foram disponibilizados conteúdo de áudio, vídeo e textos que trazem relatos sobre as tradições e os saberes expostos, que podem ser acessados por meio dos QR codes próximos a cada uma das vitrines. Essa possibilidade permite ao visitante conhecer um pouco mais sobre os fazedores de cultura local.

Retratos Artesanais

A exposição Retratos Artesanais, do fotógrafo e educador Alexandre Lopes, traz um olhar renovado e registra importantes personagens relacionados às práticas e tradições culturais de Brumadinho.
 
Utilizando uma sensível combinação de técnicas analógicas e digitais, o fotógrafo produz imagens únicas com o uso de uma câmera de fole centenária adaptada a um moderno celular.

 

Após a captura e tratamento da imagem, a fotografia é impressa em preto e branco e recebe aplicações manuais de cor, em camadas sutis, que conferem aos "Retratos Artesanais" um aspecto único e singular. A intercessão entre tecnologia e tradição conferem às imagens uma ambiência própria, capaz de transmitir a força e a vivência dos personagens retratados. 

Uma Personalidade de Brumadinho

João Casa Branca
Nasceu e viveu durante toda a sua vida em Casa Branca, em Minas Gerais, onde também formou sua família e amigos. Líder comunitário e cidadão atuante, participou diretamente de inúmeros projetos relevantes para o desenvolvimento da localidade.

 

Foi vereador por três mandatos, amplamente reconhecido pelos avanços que promoveu em benefício da comunidade. Tornou-se uma figura de referência não apenas em Casa Branca, mas também nas regiões vizinhas. Foi e é lembrado por sua generosidade, disponibilidade e dedicação em ajudar a todos que o procuravam.


Com mais de 300 votos, concorrendo com outros 11 nomes indicados durante as oficinas, João Casa Branca foi o escolhido pelo voto popular para ser homenageado na Casa das Memórias. O eleito foi aqui representado em uma instalação artística construída por distintos objetos organizados para compor seu rosto.

 

Tal como a memória, construída a partir da (re)organização de lembranças e informações reais e imaginadas, a instalação propõe recontextualizar objetos, superando sua função original, para transmitir uma mensagem mais ampla, neste caso, a homenagem a João Casa Branca.

Objetos

Na Na imensidão do tempo, objetos do passado superam sua utilidade prática para tornarem-se testemunhos de épocas distantes. Esta exposição convida você a mergulhar na riqueza da cultura material, onde cada peça é mais que um item — é um elo material com um tempo que não mais existe. 


Ao se afastarem de sua função original, objetos e artefatos do passado, ganham novas camadas de informações de acordo com os lugares em que estão inseridos. Quando descartados, jogados ao acaso ou vistos como entulho, são considerados sucatas. Quando expostos em lojas de antiguidades ou negociados, são valorizados em um jogo muitas vezes definidos por afetos, memórias e outras conexões.


No entanto, quando esses mesmos objetos são expostos em uma casa de cultura ou museu, revelam-se em sua complexidade: contam histórias sobre os modos de vida do passado e do contexto social em que foram produzidos; podem ser utilizados para contar a história da evolução do design, sua filiação estética ou seu contexto de criação; e ainda para transmitir novas ideias, falar de crenças, do tempo, inspirações, do fim, de novas e antigas tecnologias e muitas outras coisas.  


Neste espaço, a Casa das Memórias apresenta uma diversidade de objetos dispostos de maneira livre, criando um convite à descoberta. Aqui, o olhar do visitante é fundamental: cada peça pode estimular o resgate de memórias afetivas, despertando lembranças pessoais, familiares e coletivas. Mais do que relíquias, são pontes entre o passado e o presente — e talvez, com imaginação, também com o futuro.


Que esses objetos lhe inspirem a refletir sobre o tempo que passou e sobre aquele que ainda está por vir.

Ficha Técnica

Exposições

  • Olhares Diversos e Referências Culturais de Brumadinho

  • Retratos Artesanais 

  • Uma Personalidade de Brumadinho

  • Objetos Ressignificados


Equipe
 

Coordenação Geral

José Theobaldo Júnior


Coordenação Técnica

Raphael João Hallack Fabrino


Projeto Arquitetônico e Expografia

Vecci Lansky Arquitetura 


Projetos Complementares

MTDS Engenharia | Fortaleza Soluções em Projetos


Adaptação do Imóvel

MTDS Engenharia | Gervazzio Engenharia Ltda

Expografia
 

Curadoria

Isabella Vecci | José Theobaldo Júnior |
Raphael João Hallack Fabrino


Produção Cultural

Matheus Olímpio | Isabela Vecci

Oficinas de Inventários Participativos,  Produção Textual, Pesquisa Histórica e Iconográfica
Fabiele Costa

Textos
José Theobaldo Júnior | Raphael João Hallack Fabrino

Tratamento Técnico de Acervo
Santo Restauro Conservação e Restauração
Pio Milo – Produção Cultural Artes e Conservação

Criação, Arte e Diagramação

Design Gráfico e Web Design
KGvox Comunicação

Identidade Visual e Tratamento e Imagens
Raquel Guerra

Criação de Logotipo
Maria Clara Rezende

Captação de Imagens e Edição de Vídeos

Garrafada Imagens

Fotografias da Exposição Retratos Artesanais
Alexandre Lopes

Produção e Logística

 

Apoio Técnico

Ana Luiza Boaventura | Leandro Pardinho |
Raquel Guerra | Sabrina Borges Oliveira | Victor Carvalho

 

Montagem das Exposições
Artes Cênicas Produções Ltda
Pio Milo – Produção Cultural Artes e Conservação

Memória 

A Casa das Memórias é um espaço onde a memória ganha vida ao conectar histórias individuais e coletivas, proporcionando uma experiência imersiva que resgata o passado para enriquecer o presente. Nesse contexto, a memória não se limita a registros estáticos, mas se manifesta como um processo dinâmico de reconstrução, onde diferentes narrativas e emoções são relembradas, compartilhadas e reavaliadas. Através de objetos, relatos e ambientes cuidadosamente preservados, a Casa das Memórias atua como um elo afetivo que ressignifica experiências, fortalecendo a identidade cultural e pessoal.

Além disso, a memória na Casa das Memórias se revela como um meio vital para a preservação da história e da identidade comunitária, permitindo que o passado influencie a construção do futuro. Ao reunir diversas memórias, o espaço fomenta o diálogo entre gerações, estimulando a reflexão sobre as transformações sociais e individuais. Dessa forma, a Casa das Memórias não apenas preserva lembranças, mas promove uma continuidade entre passado e presente, ressaltando a importância da memória como elemento fundamental para a construção da identidade coletiva.

História

A história, no contexto da Casa das Memórias, é compreendida como uma construção viva que transcende datas e eventos, dando voz às experiências cotidianas e às trajetórias pessoais que, juntas, formam o tecido social de uma comunidade. A Casa das Memórias funciona como um repositório onde narrativas históricas são preservadas e apresentadas de maneira acessível, permitindo que o visitante compreenda as múltiplas dimensões do passado, incluindo aspectos muitas vezes esquecidos pelos registros oficiais. Essa abordagem amplia a compreensão da história, valorizando as memórias individuais como partes essenciais da grande narrativa coletiva.

Além disso, a Casa das Memórias promove um diálogo entre passado e presente, evidenciando como a história influencia a identidade cultural e social das pessoas. Ao registrar e exibir histórias vividas, o espaço incentiva a reflexão crítica sobre os processos históricos, as transformações sociais e as continuidades que moldam a realidade atual. Assim, a Casa das Memórias não é apenas um lugar de preservação, mas um ambiente ativo de aprendizagem e construção histórica, onde o passado ganha significado e contribui para o fortalecimento da memória coletiva e da consciência social.

Patrimônio 

O patrimônio é entendido como um conjunto de bens materiais e imateriais que carregam significado histórico, cultural e afetivo para uma comunidade. Esse espaço valoriza não apenas os objetos físicos, como fotografias, documentos e utensílios antigos, mas também as tradições, histórias e saberes transmitidos oralmente, reconhecendo que o patrimônio é fundamental para a construção da identidade coletiva. Ao preservar e exibir esses elementos, a Casa das Memórias reforça laços entre passado e presente, promovendo o reconhecimento e a valorização das raízes locais.

Além disso, atuar como guardiã do patrimônio implica promover a participação ativa da comunidade na conservação e divulgação desses bens. O envolvimento coletivo faz com que o patrimônio deixe de ser apenas objeto de guarda e se transforme em um espaço vivo de memória e cultura. Essa dinâmica fortalece a identidade cultural, incentiva a valorização das tradições locais e assegura a continuidade das histórias que constroem a história comunitária.

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