


Vitrine 32
Tema: Comércio

Comércio em Brumadinho
Com a construção do Ramal Paraopeba da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) e a inauguração da estação ferroviária de Brumadinho, em 1917, a localidade viu florescer rapidamente uma pequena rede de comércio, incentivada pelo movimento de embarque e desembarque de passageiros e carga.
O primeiro armazém nas proximidades da estação foi do senhor Samuel Andrade, que veio de Bonfim e estabeleceu-se no local. Assim como ele, muitos outros migraram para Brumadinho atraídos pelas possibilidades geradas pela ferrovia. Como o casal Friche, de Queluz (Conselheiro Lafaiete), que abriu um comércio na Rua Yayá Sampaio. Ou o caso de José Inês, de Rio de Peixe, que foi proprietário do primeiro açougue.
Já em 1919, o senhor Aristides Passos abriu a primeira farmácia de Brumadinho, a Farmácia São Geraldo. Inicialmente, o farmacêutico tinha se instalado em Brumado (Conceição do Itaguá), mas, com o desvio do traçado da ferrovia, resolveu mudar de local. Foram instalados também, nesse período, uma agência dos Correios e um Cartório de Registro Civil.
Nas décadas seguintes, próximo à estação, onde hoje fica a rodoviária, abriu a Casa Sampaio, venda de secos e molhados que ali permaneceu por muito tempo. Além dela, se dedicavam a esse tipo de comércio, o armazém Irmãos Braga e a Casa Irmãos Amorim.
A criação da Cooperativa de Produtores de Leite de Brumadinho foi uma importante iniciativa que movimentou a economia local, articulando produtores de várias regiões do município. Lojas como Casa Bruma, comércio de atacado e varejo, o Bazar do senhor José Quintino, especializado em aviamentos, as padarias do Tadeu e Copacabana vão se tornar referência no tecido urbano e na memória dos brumadinhenses.
Com a instalação das grandes mineradoras na região, após a década de 1950, o comércio da cidade se expandiu e diversificou. Com o afluxo de trabalhadores para a região, as demandas aumentaram, surgindo as grandes redes de supermercado, escritórios de prestação de serviço, lojas de material fotográfico, restaurantes e bares, lojas de roupas, sapatarias, mais barbearias e cabeleireiros, entre outros.
Os moradores mais antigos lembram-se com nostalgia de uma época em que a vida na cidade era mais simples, em que todos se conheciam e o comércio era praticado com base na confiança, fazendo uso de cadernetas e outras formas de registro. Ainda hoje, citam saudosos alguns pontos comerciais, apesar de compreender que as mudanças são necessárias e consequência do crescimento do município.
Fontes:
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OLIVEIRA, Valdir Castro. Mídias Locais, História e Desenvolvimento de Brumadinho – 1910-2013. São Paulo: DNA Digital Gráfica Eirelle: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura/ Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, 2022.
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JARDIM, Décio; JARDIM, Márcio. História e Riquezas do Município de Brumadinho. Belo Horizonte: Prefeitura de Brumadinho/Fundação Mariana Resende Costa, 1982.
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BRAGA, Nery. O Comércio de Brumadinho na História. [texto]
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Fotos: Acervo Lázaro Eustáquio.
Galeria de fotos com recolha, tratamento e exposição
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