Vitrine 07
Tema: Cerâmica em Brumadinho

Cerâmica em Brumadinho

 A fabricação de cerâmica em Brumadinho teve início na década de 1980, na Fazenda Palhano – conhecida por muitos como Fazenda do Japonês. Mas a motivação tinha origem mais antiga: Toshiko Ishii e o marido Nobukane encontraram vários cacos de cerâmica no pasto da fazenda, possivelmente cerâmica indígena, e deduziram que a região deveria ter uma boa argila.

Toshiko passou então a estudar técnicas de produção de cerâmica, especialmente técnicas japonesas de queima longa. Montou um forno a lenha no terreno da fazenda e começou a fazer os primeiros testes. Foi nessa época que conheceu Erli Fantini e Adel Souki, ceramistas que foram visitar a fazenda e conhecer o trabalho que Toshiko começava a desenvolver. Surgiu, então, uma rica parceria de pesquisa e criação, que começou a atrair muitos artistas e pessoas do próprio local.

Os ateliês na região se multiplicaram, as ceramistas Erli Fantini e Adel Souki construíram fornos a lenha para queimas lentas em propriedades na Encosta da Serra da Moeda, assim como Inês Antonini. A cerâmica produzida na região ganhou grande notoriedade, as técnicas e estilos aumentaram, fazendo da região um importante polo do saber e da criação artística.   Atualmente, existem eventos de grande relevância cultural para o município, como o Circuito de Cerâmica de Brumadinho e a feira de Cerâmica em Suzana, distrito de Piedade do Paraopeba.

As peças de Erli Fantini, expostas na vitrine, foram queimadas neste primeiro forno da Fazenda Palhano, na década de 1990. Destacamos ainda a peça que utiliza cones pirométricos, essenciais para o controle da temperatura neste tipo de forno. Além delas, peças de Benedikt Wiertz, Antônio Abrahão Neto e Luzia Jardim compõem a vitrine da Casa das Memórias.