Projeto de Restauro e Conservação da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Paracatu / MG - 1ª Etapa

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Paracatu (MG), começou a ser construída por volta de 1744 e é tombada em nível federal desde 1962, constituindo um dos exemplares mais antigos e significativos da cidade colonial mineira-goiana de transição em taipa de pilão. Erguida por irmandade de fiéis negros, o templo se consolidou como uma das expressões mais marcantes da presença afrodescendente na história paracatuense, tanto pela origem da devoção quanto por sua centralidade simbólica para a comunidade local.

Segundo o IPHAN, trata-se de uma capela de grande vulto, de feição rústica em taipa, característica da região de transição entre Minas e Goiás, com obras iniciadas por volta de 1744. A Prefeitura de Paracatu registra a denominação “dos Pretos Livres” e a vinculação da edificação à irmandade negra, evidenciando sua centralidade na memória afrodescendente local e o valor simbólico do templo para a cidade. O tombamento federal em 1962 consta do processo 636-T-61, inscrito no Livro de Belas Artes, o que assegura a proteção do imóvel e de seu acervo em âmbito nacional.​

Nos últimos anos, ações públicas de preservação foram impulsionadas: o Ministério Público de Minas Gerais viabilizou recursos para diagnóstico e projetos de restauro de igrejas históricas de Paracatu, incluindo a do Rosário. Na esfera municipal, houve a restauração dos sinos e do relógio da torre com recursos do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural (FUMPAC), demonstrando atenção contínua à conservação do bem. Somadas ao enquadramento no Centro Histórico, essas iniciativas reforçam a salvaguarda do patrimônio e seu papel como referência da herança afro-brasileira no município.

 

Fonte: IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.